terça-feira, 7 de abril de 2009

Nunca é suficiente...


Esquecer por si só já não é fácil. Piora quando vez ou outra encontramos algo que nos faz lembrar... Piora mais quando não precisamos de nada para lembrar...

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Hoje eu me senti numa daquelas músicas dos anos 60, ou aquela do Chitãozinho e Xororó - um fio de cabelo no meu paletó - kkkkkkk - em que a pessoa está mexendo numa gaveta, arrumando suas coisas e acha uma carta, uma foto ou coisa parecida...

É... A procura do telefone do Speedy, fuçando minha gaveta eu encontrei uma coisa, uma coisa sua. Uma coisa boba, de um momento mais bobo ainda, mas que claro, bastou um toque e a cena toda veio a minha mente.

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Novela? Filme? Não, vida real. Eu sempre digo que minha vida parece novela mexicana (detalhe, os caras são sempre lindos nessas novelas né? kkk)

Mas é, parece que sou escolhida. Amanheci pedindo em minha oração para essa ferida fechar de vez e vou deitar com sua letra aqui bem na minha frente enquanto digito.

Um bilhete, um simples bilhete de ônibus. Uma passagem de uma provável volta sua de Poços de Caldas. Um papel que usamos para mandar recados, recados tão bobos quanto a ridícula relação que tivemos ( se é que aquilo foi relação). Um bilhete com sua letra, sua assinatura e com tantas imagens que só eu sou capaz de ver ao olhar para ele.

Eu achei que tivesse acabado com tudo. Queimei fotos, devolvi Cds e livros, bloqueei net, apaguei celular... E já faz tanto tempo! Mas não foi suficiente, nunca é não é mesmo?

Você é uma sombra... Já passaram anos mas parece que foi ontem... Não dói como antes, mas também não cicatrizou... Acho que to naquela parte em que a ferida faz uma casquinha e que quando coçamos começa a sangrar.

Eu não queria, e na maior parte do tempo não lembro mais disso, mas vez ou outra essa casquinha coça. Como hoje. Como agora.


Dan

Apagando momentos

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