
Naquele dia ela não queria vê-lo. Não queria ouvi-lo, nem mesmo sua risada que tanto lhe fazia bem.
Naquele dia ela queria um tempo, uma distância - não exatamente de corpo - mas de alma, de espírito. Queria sentir-se sem ele, sem o pensamento estar nele como vinha ocorrendo ultimamente. Queria se conhecer de novo sem aquele sentimento viciante, aquela saudade enlouquecida. Sem a voz dele no telefone ou suas palavras numa mensagem virtual.
Não. Naquele dia não.
Ela queria sair de cena e ver "a" cena. Ver como estava se comportando e onde aquilo a levaria se as coisas continuassem daquele jeito.
Ela havia decidido que aquele dia seria assim, sem "oi" sem "tchau".
_Vamos ver se aguento - Ela pensou... Não foi fácil, ela me confessou depois, alías, disse ela: _Foi como uma crise de abstinência. Você já teve uma? Ela me perguntou. Eu fiz que não com a cabeça, mas logo pensei na Pit e naquela música que eu amo: " Na sua estante". Eu ia comentar com ela mas não deu, ela continuava a dizer o quanto aquele dia tinha sido difícil, quantos conflitos ela viveu na mente e no coração, quantas coisas ela teve que encarar e aceitar que eram dela, que vinham dela. Que ela não era a vítima. _ Mas também não sou culpada - ela logo emendou...
Eu a olhei ali, depois de um dia tão corrido e solitário de alma e queria dizer à ela que eu sabia como era aquilo, mas me limitei a ouvir, a estender meu ombro e a deixar o silêncio fazer sua vez enquanto algumas lágrimas lhe escorriam pela face.
Naquele dia ela decidiu não vê-lo na esperança de pensar menos. Mas nunca pensou tanto nele num mesmo dia...
Layz, amiga blogueira, não sei porque
este post me lembrou você...
Te dedico ele.
2 Auto Imagens:
Meu Deeeeeeeeeeeus que lindo!
*.*
amei, amei, amei...
essa semana quando eu postar vou fazer uma homenagem pra vc tb.
beeijo
..
*
Muito lindo o texto Dan.
Postar um comentário