segunda-feira, 8 de março de 2010

Entre tsunamis, terremotos e imprevistos

Muitas vezes achamos que as coisas ao nosso redor estão tão certas, tão exatas que é impossível que elas mudem de lugar. E quando eu digo "certas" refiro-me a fincadas, fixadas, "imexíveis" como um caro ministro inventou há anos atrás.
Mas quando menos esperamos, tudo cai na nossa frente. São terremotos, tsunamis, desmoronamentos... Não conseguimos sequer pensar! Aquilo que estava tão preso, de repente se liberta e corre a toda velocidade (im)possível, longe do nosso controle. A nós só cabe olhar ( para os corajosos), fechar os olhos ( aos que tem medo), esperar passar e ir atrás dos destroços, "se" compensar.
Na nossa vida pessoal não é diferente. As coisas mudam de lugar, assim do nada, sem avisos prévios, sem que percebamos uma fumaça ao longe... Elas simplesmente mudam, sem que possamos controlar. Elas desmoronam literalmente à nossa frente e muitas vezes nos levam junto pois somos incapazes até de desviar delas, na pior das hipóteses parece que queremos mesmo que elas nos levem junto, porque assim quem sabe não tenhamos que nos reerguer, levantar e olhar ao redor quando não há mais nada para se ver... Muitas vezes queremos que a dor nos leve junto com os pedaços do que um dia chamamos de felicidade, simplesmente porque nos julgamos incapazes de um dia senti-la outra vez.
Covardia, medo, trauma, chame do que quiser, uma coisa é certa, é muito, mas muito mais fácil viver do passado do que encarar a realidade. Eu sei, ah, como eu sei...
A questão é, viver do passado vai trazer o que se foi de volta pra nós? Preenche o vazio deixado? Alimenta a esperança? E pensando nisso, será mesmo que aquele castelo que se foi com a enxurrada, o qual chamávamos de "felicidade" era isso mesmo? Ou era o mais próximo do que um dia conseguimos chegar dela?
É duro mas é uma verdade. Acostumamo-nos com o que é bom, achando que o melhor não existe ou, se existe, é para uma pessoa melhor que nós. Viver do passado cansa, viver de lembranças então nem se fale, viver a espera de algo que já não existe ( e nem voltará a existir) é desperdício. Desperdício de força, vigor, tempo... E se tem uma coisa que corre, é o tempo! Desperdiçá-lo é burrice.
Se é fácil? Não.
Se a gente consegue? Não sei.
Se vale a pena tentar? Eu creio que sim.
E você?

1 Auto Imagens:

sou crente disse...

Penso que é uma tristesa viver apenas lembrando do que passou (por mlhor que tenha sido o que passou)
A maior alegria que podemos ter é o novo amanhacer para viver o que ainda nao vivemos o resto ou é passado ou é algo que imaginamos que teremos (futuro)

Pense nisso!!

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