
Todos estes anos eu fui atrás de informações, pistas, e nem a internet conseguiu me ajudar.
Já te vi algumas vezes, de relance. E tive que me controlar pra não ir até você e dizer tudo, tudo que eu não disse naqueles dias.
Que vontade de dizer que me arrependi até a morte por te negar aquele beijo, aquele abraço, aquele passeio.
Que vontade de dizer que meu medo e meu orgulho foram maiores do que eu. Medo de me entregar, orgulho porque eu não careditava que depois de querer ficar com minha melhor amiga, você fosse se apaixonar por mim.
Eu amei você desde o dia em que apareceu naquela escola. Embora minhas amigas dissessem que você não passava de um magrelo de 2 metros, eu via muito mais. E sim, você era muito mais.
Lembro de você chegando cedo, passando o braço no meu ombro e enquanto caminhávamos para dentro da escola você me pediu em namoro. Fiquei atordoada. Como assim, me pedir em namoro se até alguns dias atrás estava afim da minha amiga?
Era muita informação para uma adolescente que só sabia seguir regras...
Mas quando eu pude tê-lo, eu não quis. Não me permiti querer. E tenho que conviver com isso.
Estes dias eu te achei... E por um momento parecia que você estava aqui na esquina da minha casa querendo me dar um beijo.
Eu poderia te dizer tudo isso hoje, mas, que diferença faria?
Já faz tanto tempo e já aconteceram tantas coisas.
Ambos seguimos com a vida e você parece estar muito bem.
Então só me resta voltar ao tempo e usar aquele mesmo silêncio que ficou entre nós no pátio da escola e colocá-lo em prática de novo.
E dessa vez fechar o livro. Para sempre.

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